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27 de July de 2024

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Dez carreiras têm quase metade de todos os formados no Brasil

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Escolher uma carreira no fim do ensino médio é um dos desafios que cada vez mais adolescentes têm enfrentado: em 2015, 2,2 milhões de estudantes tiveram que optar por uma das 324 carreiras atualmente oferecidas no Brasil.

O número de universitários mais que dobrou nos últimos 15 anos, mas a tendência na escolha dos cursos mantém um traço marcante. Um conjunto formado por 10 carreiras conquista praticamente metade de todos os universitários brasileiros.

Nos últimos 15 anos, quase 11 milhões de estudantes brasileiros conseguiram se formar na faculdade e receber um diploma. Desses, 5.341.147 decidiram seguir uma das seguintes carreiras:

  • administração
  • ciências biológicas
  • ciências contábeis
  • direito
  • educação física
  • enfermagem
  • engenharia civil
  • medicina
  • pedagogia
  • psicologia

Juntas, elas respondem por 48,7% do total de formandos desde 2001, e 48,3% de todos os estudantes matriculados em um curso de graduação presencial em 2015. Os dados são os mais recentes do Censo da Educação Superior, divulgado todos os anos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Essas dez carreiras, que em 2015 eram cursadas por 3.206.137 pessoas, também foram as mais procuradas entre os candidatos da edição do primeiro semestre de 2016 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Expansão do ensino superior

Nos últimos 15 anos, o Brasil viu o número de calouros em cursos de graduação presenciais quase dobrar. Em 2001, 1.206.273 pessoas se matricularam no primeiro ano de um deles. Em 2015, esse número cresceu 84,5%, para 2.225.663, segundo os dados do Censo.

Nesse mesmo período, o número de cursos saltou de 12.155, em 1.391 instituições de ensino superior públicas e privadas, para 32.028 cursos em 2.364 instituições.

Mesmo durante essa expansão, a preferência dos estudantes por carreiras específicas manteve a mesma tendência: em 2001, 50% dos formados em graduação no Brasil cursaram uma das dez carreiras mencionadas acima. Em 2015, esse número foi de 49,1%.

Ensino público x ensino privado

Nesse meio tempo, o aumento de vagas foi maior entre as instituições privadas do que nas universidades públicas: enquanto a expansão do ensino superior foi de 48% nas universidades públicas, nas particulares o crescimento chegou a 66% nos últimos 15 anos.

Isso fez com que, atualmente, a razão de vagas públicas e privadas caísse de um para três para um a cada quatro. No início do século, 33,1% dos estudantes de graduação estavam matriculados em uma instituição pública. Já em 2015, essa concentração caiu para 24,5%.

É nas instituições privadas onde também é maior, historicamente, a concentração das carreiras mais procuradas. Em média, das 2.818.533 pessoas que se formaram em universidades públicas entre 2001 e 2015, 38,1% delas (1.072.872) buscaram uma dessas dez carreiras. Já nas privadas, essa porcentagem salta para 52,5%: no total, 8.147.747 conquistaram um diploma de graduação em uma instituição particular nesse período, e 4.274.978 o fizeram neste grupo de profissões.

Tendências

As dez carreiras são variadas e exigem diferentes perfis de profissionais. Elas também seguiram tendências diferentes: nem todas tiveram um crescimento constante nos últimos anos. Veja as principais características de cada uma abaixo:

  • ADMINISTRAÇÃO: É a segunda carreira com o maior número de matrículas (em 2015, mais de 585 mil pessoas estudavam administração). Nos últimos 15 anos, o número de formados por ano cresceu de 35.149 para 99.216, um aumento de 182%.
  • PEDAGOGIA: Entre 2001 e 2015, 861.420 pessoas se formaram em pedagogia no Brasil, diploma atualmente obrigatório para quem quer atuar no ensino infantil e nos primeiros anos do fundamental.
  • DIREITO: É a carreira com o maior número de estudantes matriculados no Brasil: em 2015, eles eram 852.703. No mesmo ano, a carreira ultrapassou pela primeira vez a marca de 100 mil concluintes: 105.317 pegaram o diploma na área.
  • MEDICINA: É a carreira com a maior concorrência no Sisu. Nos últimos 15 anos, o número de vagas aumentou e o número de médicos formados ano a ano foi de 8.004, em 2001, para 17.042 em 2015, um crescimento de 87,2%.
  • EDUCAÇÃO FÍSICA: A carreira aparece no Censo dividida em licenciatura e bacharelado. Os dois cursos têm boa parte da grade curricular semelhante, mas o mercado de trabalho é diferente. Entre 2001 e 2015, 396.204 se formaram em um deles. A maior parte fez a licenciatura, mas a carreira de bacharelado tem crescido mais rapidamente.
  • ENFERMAGEM: Até 2009, era possível cursar duas carreiras na área: enfermagem ou enfermagem e obstetrícia. Desde 2010, elas foram unificadas. Em 2015, 259.986 estudavam para atuarem como enfermeiros e enfermeiras, e 34.640 pegaram um diploma na área. O número cresceu 460,7% na comparação entre 2001 e 2015. Porém, o ano em que houve o maior número de concluintes foi em 2001, quando 47.090 novos enfermeiros chegaram ao mercado.
  • CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Essa foi a sétima carreira mais procurada no Sisu do primeiro semestre de 2016: 140.922 candidatos concorreram às 8.099 vagas oferecidas. Entre o top 10, foi a carreira com menor concorrência (17,4 candidatos por vaga).
  • ENGENHARIA CIVIL: Impulsionada pelos grandes eventos esportivos, a engenharia civil tinha, em 2015, 349.347 alunos de graduação matriculados. Naquele ano, 25.217 novos engenheiros civis receberam o diploma, um aumento de 404% nos últimos 15 anos.
  • PSICOLOGIA: Na Fuvest 2017, a concorrência da carreira de psicologia só ficou atrás dos cursos de medicina. Segundo o Censo do Inep, em 2017 ela era a sétima carreira com mais matrículas de graduação (223.490). Nos últimos 15 anos, a média de novos profissionais formados na área foi de mais de 16 mil por ano. Em 2015, 23.285 pegaram diploma em psicologia.
  • CIÊNCIAS CONTÁBEIS: O décimo curso mais procurado do Sisu 2016 era o quinto com o maior número de matrículas de graduação presencial em 2015. No total, 266.095 faziam o curso, e 42.483 conseguiram o diploma no fim do ano. O número é 141% maior do que a quantidade de concluintes na área em 2001.

 
G1

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