Esquadrão derrotou Atlético-MG por 4×1 e seguirá na elite do futebol nacional em 2024
O Bahia viveu uma noite memorável diante do Atlético-MG, na Arena Fonte Nova. O Esquadrão corria o sério risco de cair para a Série B, mas não deu sorte ao azar: dominou o rival do início ao fim e saiu de campo com a goleada por 4×1, nesta quarta-feira (6). O resultado positivo foi fundamental para assegurar a permanência tricolor na elite do futebol nacional.
A vaga na primeira divisão de 2024 foi assegurada com requintes de drama. Afinal, não bastava só ganhar, mas era necessário ainda secar o Vasco ou o Santos. O Peixe foi quem se deu mal: perdeu do Fortaleza por 2×1 e disputará a Segundona pela primeira vez em sua história.
Contatado no início de setembro com a missão de manter o Bahia na Série A, o técnico Rogério Ceni comemorou o objetivo alcançado. Em entrevista coletiva ao fim da partida, o comandante assumiu que estava ‘cabisbaixo’ diante dos recentes resultados ruins e se mostrou aliviado com a fuga tricolor do Z4. O time acabou o Brasileirão na 16ª colocação, com 44 pontos.
“Quando fui contratado, faltavam 16 jogos. Olhei a tabela, vi o elenco e fiz as contas para chegar aos 43 pontos. Nas minhas contas, esses jogos contra São Paulo e América-MG eram quatro pontos. Era o necessário para não ficar nesse sofrimento de hoje. Mas não conseguimos, e acabou ficando tudo para um dia que, creio, 70%, 80%, 90% das pessoas não acreditavam que era possível. Eu achei que seria difícil mesmo. Eu estava bem cabisbaixo, até os atletas comentaram comigo no CT. Também sou ser humano. É natural após uma derrota. É inaceitável perder aquele jogo, independente do número de chances criadas. Mas tivemos a calma para chegar hoje e conseguir fazer o resultado contra a melhor equipe do segundo turno do Campeonato Brasileiro. Não vamos esquecer de tudo o que erramos, através dos erros que você conserta o que precisa no futuro. Mas vamos valorizar o que foi feito hoje”, afirmou.
“Foram 27 mil pessoas em uma energia… Vou ser sincero, se eu fosse torcedor, pensaria em ter ficado em casa, pelo que entregamos nos últimos jogos. Mas em momento algum houve vaia. Sei que eles representam, mais de 1 milhão de torcedores que passaram pelo estádio nessa temporada. Parecia que tinham 45 mil pessoas, tamanho o carinho que abraçaram o time. E repito: tinham todo o direito de nos vaiar. Mas não o fizeram, e mantiveram o Bahia lá no topo, sempre com uma alta intensidade. No nosso dia mais difícil, estiveram junto com a gente”, completou o comandante.