O Brasil foi certificado, pela Organização Mundial da Saúde (ONU), como livre da poliomielite no ano de 1994. Contudo, a doença, também chamada de pólio ou paralisia infantil, corre grande risco de ser reintroduzida no país. A avaliação é do pesquisador Fernando Verani, epidemiologista da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz).
Como meio de incentivar a conscientização sobre a doença, foi instituído, em 24 de outubro de 1984, o Dia Internacional do Combate à Poliomielite, em alusão ao nascimento de Jonas Salk, líder da primeira equipe que desenvolveu uma vacina contra a doença.
A vacina mais popular para essa doença é a VPO-Sabin, chamada nacionalmente de “vacina da gotinha”, que faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. Ela deve ser aplicada aos 2, 4, 6 e 15 meses de vida e reforçada anualmente até os 5 anos de idade.
A perda dos movimentos do corpo, a insuficiência respiratória e até a morte são as consequências que podem surgir em pessoas não vacinadas. A doença contagiosa que há 24 anos havia deixado de ser uma ameaça à saúde pública devido à vacinação, atualmente voltou a assombrar o país.
Público-alvo
No país, duas vacinas diferentes são oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para a imunização da Pólio: a inativada e a atenuada. A inativada deve ser aplicada nos bebês aos 2, 4 e 6 meses de idade. Já o reforço da proteção contra a doença é feito com a atenuada, aquela administrada em gotas por via oral entre os 15 e 18 meses e, depois, mais uma vez, entre os 4 e 5 anos de idade.